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quinta-feira, 16 de junho de 2011

Sincretismo Religioso nas Festas Juninas.

Os escravos queriam manter suas raízes religiosas, seus costumes, suas tradições, porém era negada sua cultura pelos seus senhores e também pela sociedade que era católica, então para esses escravos
 cultuarem sua religião eles escondiam seus orixás em baixo dos balcões, e os Santos da Igreja Católica em cima, por isso aconteceu a fusão dos Santos da Igreja Católica com os Orixás. Usavam vários outros Santos da Igreja Católica para poderem cultuar sua religião. É o caso de São Jorge que é Ogum, Nossa Senhora dos Navegantes que é Iemanjá e tantos outros Orixás e Santos da Igreja Católica.
Santo Antônio, 13 de Junho: Corresponde ao Bará Adgelú. Sua cor é o vermelho, seu dia é segunda-feira. É um Bará calmo, tem o poder de abrir os caminhos e também de fechar; é o Orixá das questões mais imediatas relacionadas ao dinheiro, trabalho, negócios financeiros. Lugar de oferendas é o cruzeiro.
Saõ João, 24 de Junho: Corresponde ao orixá Xangô Agodô, sua cor é o vermelho e branco, seu dia é terça-feira. Orixá do fogo é simbolizado pelo Machado e pela Balança. É protetor dos que sofrem injustiça. Lugar de oferendas é a pedreira.
São pedro e São Paulo, 29 de Junho: Corresponde ao Bará Lodê o Bará Lanã, sua cor é o vermelho, seu dia é segunda-feira. O Bará Lodê é um Orixá da rua, seu assentamento é fora de casa. Também é um Orixá relacionado ao dinheiro e abertura dos caminhos. Lugar de oferendas é o cruzeiro.
Geralmente os filhos de Bará fazem suas obrigações netas datas, e filhos do Orixá Xangô também. Geralmente os que têm já os seus aprontes, suas obrigações sentas.
A comida do Orixá Bará é o milho de galinha, milho de pipoca, sete batatas assadas, o epeté no meio e sete moedas; é claro que uns Barás se diferenciam de outros, é o caso dos Barás que levam balas de mel em suas oferendas.
A comida do orixá Xangô é o Amalá, feito com a mostarda, a farinha da mandioca, carne de peito, as bananas e uma maçã. É claro que o Orixá Xangô também tem suas diferenças uns dos outros, que também usam balas e doces.
Em uruguaiana existem Templos de Matriz africana da Cultura Câmbinda, jeje, Nagô e Oyó.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

TRABALHO CIENTÍFICO - Igreja Maradoniana aproveita glória de ídolo e festaja 10º aniversário.

A RELIGIÃO E O FUTEBOL SE CONFUNDEM

Uma bola de futebol com uma coroa de Cristo e algumas gotas de "sangue", uma árvore de Natal com fotos do ídolo penduradas como "estrela", um terço com uma chuteira no lugar do crucifixo, o nome "Diego" em substituição de "Amém", uma infinidade de objetos e costumes seguidos com devoção por centenas de fiéis da chamada Igreja Maradoniana. Para esta legião de fanáticos existe uma única certeza sobre a face da Terra: Diego Armando Maradona é o Deus Supremo do futebol.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Festas na escola.

Durante o ano, temos 11 feriados nacionais - na média de um a cada cinco semanas -, um monte de datas para lembrar pessoas (Dia das Mães, dos Pais, das Crianças, do Índio) e fatos históricos (Descobrimento do Brasil, Proclamação da República). Sem contar os acontecimentos de importância regional. Nada contra eles. O problema é que muitas vezes a escola usao o precioso tempo das aulas para organizar comemorações relacionadas a essas efemérides. O aluno é levado a executar tarefas que raramente têm relação com o currículo. Muitos professores acreditam que estão ensinando alguma coisa sobre a questão indígena no Brasil só porque pedem que a turma venham de cocar no dia 19 de abril - o que, obviamente, não funciona do ponto de vista pedagógico.
Festas são bem-vindas na escola, mas com o simples - e importante - propósito de ser um momento de recreação ou de finalização de um projeto didático. É a oportunidade de compartilhar com os colegas e com os familiares o que os alunos aprenderam. No entanto, não é isso que se vê por aí.
A seguir, os dez principais equívocos dos eventos escolares.

Mês de Junho: começam as festas juninas!

Conta-se que em 21 de junho - três dias antes do aniversário de nascimento de São João Batista - começa o verão no hemisfério norte. Esse dia é o mais longo do ano na metade do globo localizada acima da linha do equador. Esse fenômeno, conhecido como solstício de verão, era comemorado por povos ancestrais muito antes do surgimento das divindades cristãs. Rituais ligados à fertilidade do solo e à fartura das colheitas marcavam o evento. Nessas celebrações, acendiam-se fogueiras com o intuito de livrar as plantações dos maus espíritos. No século IV, a Igreja Católica adaptou esses costumes e passou a homenagear São João na Espanha, na França, na Itália e em Portugal. No século XIII, o dia 13 de junho passou a ser dedicado a Santo Antônio e o dia 29, a São Pedro. Trazido para o Brasil, o culto aos santos incorporou a dança.

A quadrilha é uma invenção inglesa do século XIII, aperfeiçoada pelos franceses e introduzida no Brasil pela corte de dom João VI nos anos 1800. Fale também sobre as adivinhações e simpatias, previsões sentimentais levadas a cabo por moçoilas e rapazes em bananeiras, bacias e até nas imagens dos santos. Na canção Brincadeira na Fogueira, de Antônio Barros, por exemplo, um pretendente ao casório narra, as próprias desventuras.

Indagações sobre a criação do mundo.

Algumas questões povoam a mente humana desde que os primeiros clãs se reuniram em torno da fogueira na savana africana. A mais intrigante deleas é a busca pelo começo de tudo. Como foi criado tudo à nossa volta - e nós próprios, de onde surgimos? Ao olhar para o céu, dominado durante o dia pela bola dourada do Sol e, à noite, pontilhado de luzes, o homem primitivo encontrou elementos para especular. De forma instintiva, ele estava buscando respostas na porção visível do cosmo. É curioso que seja também no céu que a ciência moderna tem procurado respostas para as mesmas dúvidas primordiais da humanidade. Na maioria das culturas humanas, se não em todas elas, questões dessa natureza foram respondidas com o desenvolvimento do pensamento simbólico. Os povos antigos vislumbraram na natureza - no Sol, na Lua, nos trovões - entidades maiores e mais poderosas, capazes de interferir nos acontecimentos e destinos. Rituais foram criados para reverenciar e apaziguar essas entidades. Estavam criadas as religiões, que muitos estudiosos acreditam ser a gênese da civilização.
O mito da criação do universo e de tudo o que ele abriga está na base de todas as religiões. O homem atual muitas vezes despreza ou ridiculariza os mitos da criação porque eles trazem explicações diferentes daquelas oferecidas pela ciência. É preciso considerar, contudo, os cenários e as etapas do conhecimento humano em que esses mitos foram criados. Não faz muito tempo, os cientistas acreditavam que a Terra era plana, encontrava-se no centro do universo e tinha apenas 6 000 anos de existência. Não é que nossos antepassados fossem privados de curiosidade científica ou de raciocínio dedutivo. Ocorre que os mitos da criação surgiram em períodos nos quais muito pouco se sabia sobre as leis da física ou da química.
O dado surpreendente é que os pensadores do passado e os cientistas modernos chegaram a conclusões que, em última análise, são bastante similares. Cristãos, judeus, hindus, astecas e egípcios situam a criação num único momento inicial, ocorrido sob a vontade divina. Cientistas modernos, armados com as leis da física e a tecnologia de exploração espacial, também colocam a criação do universo num momento único, o Big Bang. Ele consistiu na súbita expansão de uma única partícula, uma bola de energia e matéria do tamanho de um bilionésimo de um próton. Esse elemento original é de tão difícil compreensão que é chamado de uma singularidade. O Big Bang, do qual temos conhecimento há poucas décadas, pode muito bem ser descrito pela primeira frase do Gênesis: "No princípio, Deus criou o céu e a Terra".
A semelhança entre a singularidade, a partícula que deu origem ao universo, e o pensamento de grandes teólogos chama atenção. Santo Agsotinho, o maior dos pensadores católicos, vislumbrou no século IV um cenário bem próximo das explicações científicas sobre o que existia antes do Big Bang. Quando os fiéis perguntavam aos bispos de seu tempo o que Deus fazia antes de criar o céu e a Terra, recebiam a seguinte resposta: "Ele fazia o inferno para quem descrê dos mistérios da fé". Agostinho recriminava os bispos por darem uma resposta aparentemente tão profunda, mas que, para ele, refletia apenas a arrogância da ortodoxia. E saiu-se com a resposta que resvala na ciência: "Deus não fazia nada". Mas então Ele passava o tempo todo de papo para o ar?", era a réplica mais frequente. "Não", dizia Agostinho, "o tempo não existia". Antes da expansão da singularidade, diz hoje a teoria do Bing Bang, não havia o espaço, as forças da natureza - nem o tempo. Glória a Santo Agostinho! Nas últimas décadas, à medida que as sondas e os telescópios encontravam mais evidências do Big Bang pelo cosmo, muitos cientistas chegaram a se vangloriar de um falso feito. Uma vez que a física já explicou como nasceu o universo, não haveria mais lugar para deuses e mitos da criação. É notório que os cientistas consideram que em seu ofício não há lugar para o pensamento mágico. Mas, quanto mais exploram o cosmo, mais eles deparam com os mesmos mistérios de que tratam as religiões. Tudo indica que o universo nasceu com o Big Bang, mas o que existia antes dele? A resposta, tanto para os cientistas quanto para os metafísicos, é a mesma: nada. A questão é como algo pode ocupar um espaço que não existia. Após a expansão primordial, os instantes iniciais do univero foram de caos -  uma sopa de energia e partículas em movimento. É uma descrição similar à dos primeiros momentos do universo feita por diversos mitos de origem, como o egípcio e o hindu.
As soluções científicas modernas para o nascimento do universo, a origem da vida e o surgimento da humanidade muitas vezes parecem extraídas de passagens bíblicas. O paleontólogo e pensador evolucionista Stephen Jay Gould, que lecionava na Universidade Harvard, embora ateu, especulava se o dilúvio bíblico não seria uma lembrança de uma grande transformação geológica ocorrida na Terra há 13 000 anos. O fato de as metáforas religiosas guardarem tantas semelhanças com as descobertas recentes da ciência talvez reflita os limites da capacidade da mente humana de lidar com assuntos dessa magnitude. Dado determinado problema, pode-se chegar a conclusões parecidas com instrumentos científicos ou simplesmente pelo raciocínio dedutivo, como fez Santo Agostinho. A diferença básica entre ciência e religião está em outra esfera: como entender a relação entre causa e efeito. Albert Einstein dizia que Deus não joga dados com o universo, ou seja, que as coisas não ocorrem sem uma causa. Todos os ramos da ciência compartilham dessa convicção. Já o pensamento religioso acredita que a causa de qualquer acontecimento ou fenômeno pode ser, simplesmente, a vontade divina. No princípio, era a partícula. Essa partícula será Deus?

domingo, 17 de abril de 2011

Livro registra religiões afro-gaúchas.

          Não faz parte da lida dos repórteres fotográficos ver o invisível. Mirian Fichtner se impôs esse desafio, na feitura do livro Cavalo de Santo - Religiões Afro-Gaúchas. São 153 fotos distribuídas em 167 páginas que contam a história do cotidiano das casas de religião espalhadas pelos rincões do território gaúcho.

sábado, 16 de abril de 2011

terça-feira, 12 de abril de 2011

Páscoa: Qual o verdadeiro significado?

          Qual é a origem e significado da Páscoa? Como surgiu a idéia do coelho e ovos de chocolate? E por que na sexta-feira dizem que não se deve comer carne, mas sim peixe?
          A páscoa pode cair em qualquer domingo entre 22 de março e 25 de abril. Tem sido modernamente celebrada com ovos e coelhos de chocolate com muita alegria. O moderno ovo de páscoa apareceu por volta de 1828, quando a indústria de chocolate começou a desenvolver-se. Ovos gigantescos, super decorados, era a moda das décadas de 1920 e 1930. Porém, o maior ovo e o mais pesado que a história registra, ficou pronto no dia 9 de abril de 1992. É da Cidade de Vitória, na Austrália. Tinha 7 metros e dez centímetros de altura e pesava 4 toneladas e 760 quilos. Mas o que é que tem a ver ovos e coelhos com a morte e ressurreição de Cristo?
          A origem dos ovos e coelhos é antiga e cheia de lendas. Segundo alguns autores, os anglo-saxões teriam sido os primeiros a usar o coelho como símbolo da Páscoa. Outras fontes porém, o relacionam ao culto da fertilidade celebrado pelos babilônicos e depois transportado para o Egito. A partir do século VIII, foi introduzido nas festividades da páscoa um deus teuto-saxão, isto é, originário dos germanos e ingleses. Era um deus para representar a fertilidade e a luz. À figura do coelho juntou-se o ovo que é símbolo da própria vida. Embora aparentemente morto, o ovo contém uma vida que surge repentinamente; e este é o sentido para a Páscoa, após a morte, vem a ressurreição e a vida. A Igreja no século XVIII, adotou oficialmente o ovo como símbolo da ressurrreição de Cristo. Assim foi santificado um uso originalmente pagão, e pilhas de ovos coloridos começaram a ser benzidos antes de sua distribuição aos fiéis.
          Em 1215, na Alsácia, França, surgiu a lenda de que um dos coelhinhos da floresta foi o animal escolhido para levar um ninho cheio de ovos ao principezinho que está doente. E ainda hoje se tem o hábito de presentear os amigos com ovos, na Páscoa. Não mais ovos de galinha, mas de chocolate. A ideia principal, ressurreição, renovação da vida foi perdida de vista, mas os chocolates não, eles continuam sendo supostamente trazidos por um coelhinho.
          O peixe, foi símbolo adotado pelos primeiros cristãos. Em grego, a palavra peixe era um símbolo da confissão da fé, e significava: "Jesus Cristo, filho de Deus e Salvador". O costume de comer peixe na sexta-feira santa, está associado ao fato de Jesus ter repartido este alimento entre o povo faminto. Assim a tradição de não se comer carne com sangue derramado por Cristo em nosso favor.

Conheça o Budismo.

                        O Budismo

          O Budismo é uma filosofia de vida baseada integralmente nos profundos ensinamentos do Buda para todos os seres, que revela a verdadeira face da vida e do universo.
          Quando pregava, o Buda não pretendia converter as pessoas, mas iluminá-las. É uma religião de sabedoria, onde conhecimento e inteligência predominam. O Budismo trouxe paz interior, felicidade e harmonia a milhões de pessoas durante sua longa história de mais de 2.500 anos.
          Leia o texto na íntegra pelo link http://hsingyun.dharmanet.com.br/buddhismo.htm

Para conhecer o Hinduísmo.

          Introdução ao Hinduísmo

          Denominação do conjunto de princípios, doutrinas e práticas religiosas que surgiram na India, a partir de 2000 a.C. O termo é ocidental e é conhecido pelos seguidores como Sanatana Dharma, do Sânscrito (língua original da India), que significa "a ordem permanente". Está fundamentado nos quatro livros dos Vedas (conhecimento), um conjunto de textos sagrados compostos de hinos e ritos, no Século X, denominados de Rigveda, Samaveda, Yajurveda e Artharvaveda. Estes quatro volumes são divididos em duas partes: a porção do trabalho (rituais politeístas) e a porção do conhecimento (especulações filosóficas), também chamada de Vedanta. A tradição védica surgiu com os primeiros árias, povo de origem indo-européia (os mesmos que desenvolveram a cultura grega) que se estabeleceram nos vales dos rios Indo e Ganges, por volta de 1500 a.C.
          Leia o texto na íntegra pelo link http://www.sepoangol.org/hindu.htm

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Oração da Campanha da Fraternidade 2011.

terça-feira, 29 de março de 2011

Fundamentação legal do Ensino Religioso.

          Podemos definir a educação das mais diferentes formas e com parâmetros diversos, mas, em se tratando de seu objetivo final, todas as definições convergem para o desenvolvimento pleno do sujeito humano na sociedade. É aqui onde o Ensino Religioso fundamenta a sua natureza: o homem para adquirir seu estado de realização integral necessita da perfeição religiosa, também.
          Ensino Religioso é a disciplina à qual se confia, do ponto de vista da escola leiga e pluralista a indispensável educação da religiosidade. Aqui, já vale observar a necessidade de se superar uma posição monopolista e proselitista, para que haja uma autêntica educação da religiosidade inserida no sistema público de educação em benefício do povo.
          Artigo 33 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de1996, (já alterado pela Lei 9475/97) que estabelece as diretrizes e bases das educação nacional. O Congresso Nacional decreta: Art. 33 - "O ensino religioso, de matrícula facultativa, é parte integrante da formação básica do cidadão e constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental, (e médio, ratificando o artigo 209 da constituição Estadual de 1989 - Parecer CEED/RS 200/97), assegurado o respeito à diversidade cultural religiosa do Brasil, vedadas quaisquer formas de proselitismo. 1º - Os sistemas de ensino regulamentarão os procedimentos para a definição dos conteúdos do ensino religioso e estabelecerão as normas para a habilitação e admissão dos professores. 2º - Os sistemas de ensino ouvirão entidade civil, constituída pelas diferentes denominações religiosas, para a definição dos conteúdos do ensino religioso".
          O Conselho Estadual de Educação do Rio Grande do Sul - CEED/RS, ao normatizar, através da Resolução 256/2000, as responsabilidades quanto à definição dos conteúdos para o Ensino Religioso, atribuiu à Secretaria de Estado da Educação a tarefa de construir parâmetros curriculares, ouvindo a entidade civil constituída pelas diferentes denominações religiosas; e às escolas, a tarefa de operacionalizar a definição dos conteúdos, a partir de seus projetos políicos pedagógicos e dos parâmetros fixados para essa nova área do conhecimento.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Animismo.

          O termo Animismo foi criado pelo antropólogo inglês Sir Edward B. Tylor, em 1871, na obra Primitive Culture (A Cultura Primitiva). Pelo termo Animismo, Tylor designou a manifestação religiosa imanente a todos os elementos do Cosmos (Sol, Lua, Estrelas), a todos os elementos da natureza (rio, oceano, montanha, floresta, rocha), a todos os seres vivos (animais, fungos, vegetais) e a todos os fenômenos naturais (chuva, vento, dia, noite); é um princípio vital e pessoal, chamado de ânima, o qual representa significados variados:
* cosmocêntrica - significa energia;
* antropocêntrica - significa espírito;
* teocêntrica - significa alma.
          Consequentemente, todos esses elementos são passíveis de possuirem: sentimentos, emoções, vontades ou desejos e até mesmo inteligência. Resumidamente, os cultos animistas alegam que: "Todas as coisas são vivas", "Todas as coisas são conscientes", ou "Todas as coisas têm ânima".
          O Animismo possui três simples regras:
- Tudo no Cosmo tem ânima;
- Todo o ânima é transferível;
- Tudo ou todo que transfere ânima não perde a totalidade de seu ânima, mas quem ou que o recebe perde parte ou a totalidade de seu ânima, o qual será tomado pelo ânima doador.
          A partir da década de 1950, o termo deixa de ser utilizado pela Antropologia por ser considerado muito genérico, uma vez que se aceita que elementos animistas estão presentes em quase todas as religiões.
          Atualmente, discute-se quais foram historicamente os primeiros cultos que deram origem a todas as religiões e a todos os deuses. Alguns historiadores e cientistas defendem a tese de que foram os mitos politeístas, enquanto outros afirmam que foram os cultos animistas.

                                                   Uso do termo no espiritismo

          Na literatura espírita, o termo animismo é usado para designar um tipo de fenômeno onde é o espírito encarnado do próprio médium que se manifesta por ele.
          Para melhor entendimento desse fenômeno, podem-se usar as denominações utilizadas pelo estudioso espírita Hermínio Miranda, quais sejam, a de chamarmos o espírito, que, segundo o Espiritismo, tem uma infinidade de existências, de individualidade, enquanto cada uma das existências do mesmo é uma personalidade.
          Dessa forma, admitida a pluralidade das existências, conclui-se que a individualidade deve possuir um conhecimento imensamente superior ao de cada uma de suas personalidades, pois soma ao conhecimento da atual personalidade tudo o que aproveitou das que representou nas existências pregressas.
                  Desse modo, na manifestação anímica, o médium pode expressar muitos conhecimentos que ele, enquanto personalidade, não possui. Daí decorre, muitas vezes, que não há como se saber se uma manifestação é anímica ou realmente mediúnica, ocorrendo esta última tão somente quando o espírito que se comunica não é o que está encarnado no médium.
          Entretanto, essa linha de pensamento não considera uma dicotomia (dualidade) entre fenômeno anímico e fenômeno mediúnico. Na grande maioria das vezes, o que ocorre é um estado intermediário com maior ou menor participação do espírito encarnado no médium em relação ao espírito desencarnado que por ele se expressa.

Religiões e Crenças baseadas no Animismo.










Muito interessante o texto sobre as Religiões e Crenças baseadas no Animismo, desde os primórdios da humanidade. Acesse o link http://pt.wikipedia.org/wiki/Animismo_africano

Qual é a ideia mais perigosa na religião?

          A religião é uma das forças mais potentes em questões humanas. Inspirou alguns dos momentos mais sublimes da história, mas também alguns de seus mais bárbaros. A Inquisição, explosões de clínicas de aborto, ataques suicidas no Iraque - tudo isso tem raízes em alguma forma de ideologia religiosa. Com isso em mente, fizemos a mesma pergunta a cinco pensadores religiosos de diferentes crenças: qual é a ideia mais perigosa na religião, hoje?
          A ideia mais perigosa na religião é a ideia que a força coerciva, violenta, é permissível em nome de Deus - qualquer Deus". "Você vê isso no Islamismo radical. Observe que eu disse radical, não islamismo apenas. A maior parte das pessoas morrerá se essa ideia se espalhar. Ajudará a envenenar o poço do debate e discussão sobre questões que as pessoas discordam. É corrosiva ao discurso público dizer que, se você discordar de mim, vou matar você. Faz erodir a liberdade de expressão, a assembléia e a adoração". Richard Land é presidente da Comissão de Ética e Liberdade Religiosa da Convenção Batista do Sul. Ele foi selecionado pela revista Times em 2005 como um dos 25 evangélicos mais influentes nos EUA - Siga as regras ou... - Wayne Dyer "Carl Jung (autor e psicanalista) tinha uma frase. A paráfrase é: "o principal problema da religião organizada é que o propósito da religião organizada é impedir as pessoas de terem a experiência direta de Deus. A religião é organizada em torno do princípio que a religião dará a experiência direta de Deus a você, desde que você se torne membro, siga as regras e contribua financeiramente". "A coisa mais importante que um ser humano pode reconhecer é que já está conectado a Deus, e essa conexão não é algo que se pode entregar a outra pessoa ou organização.
Uma das verdades do mundo físico é que você é como aquilo do que você veio. Se você pergunta como é uma torta de maçã, é como a maçã de onde veio". Wayne Dyer é um dos palestrantes de auto-ajuda mais populares do país. Ele é autor de 29 livros e apareceu frequentemente em especiais da PBS Minha religião está certa - Rabino Harold Kushner "Há uma noção que diz que, para eu estar certo, todo mundo que discorda de mim está errado. Ela torna a cooperação entre religiões mais difícil. Se eu acredito nisso, tenho que acreditar que a religião dos outros não presta, é inválida". "Você tem que entender que a religião não é sobre receber informações sobre Deus. Religião é sobre comunidade. O propósito primário não é nos levar ao céu, mas nos colocar em contato com as outras pessoas. Posso ter feroz lealdade a minha família sem denegrir a família dos outros. Posso ter feroz lealdade a minha religião sem denegrir a religião dos outros. Da mesma forma, meu vizinho pode dizer que sua esposa é a mulher mais maravilhosa do mundo. Posso tomar isso como uma declaração de amor, não como fato". O rabino Harold Kushner é um dos pensadores judeus mais famosos do país. Ele é conhecido por seu livro campeão de vendas "Quando Coisas Ruins Acontecem às Pessoas Boas". Converter outros para sua religião - Dr. Abdullahi Ahmed Nana'im "Não acreditaria em uma religião, se não acreditasse que é melhor que as outras. A noção de superioridade e exclusividade é inerente à crença religiosa. Pode ser perigosa ou não". "A ideia de trabalho missionário é muito carregada e perigosa, porque frequentemente envolve simplesmente apresentar crenças para alguém aceitar ou rejeitar. Sempre está baseada em poder. Os que têm a capacidade de proselitismo são mais poderosos. Têm os recursos para estabelecer escolas, hospitais. O trabalho missionário não é neutro. Tem base no poder. Você não encontra muçulmanos saindo para fazer proselitismo nos EUA. Mas você encontra americanos indo para todo tipo de país muçulmano." Dr. Abdullahi NaNa'im é acadêmico internacionalmente reconhecido do islã e de direitos humanos. Ele é professor da Universidade de Emory, uma visão tribal de Deus - Deepak Chopra "A ideia mais perigosa é: meu Deus é o único Deus verdadeiro e minha religião é a única verdadeira. Leva a brigas, divisões, terrorismo, preconceito, racismo e banhos de sangue". "As noções religiosas são programadas em nossa consciência em uma idade muito tenra. Achamos que são verdade. É muito difícil deixar essa condição, mesmo diante do raciocínio intelectual, por causa do aprisionamento emocional a nossa condição. Lutamos com emoções quando nossas crenças são ameaçadas". "Estamos em um ponto crítico em nossa evolução. Estamos começando a tomar consciência. Sabemos muito sobre a natureza. Temos uma boa ideia sobre o início do universo. Compreendemos em alguma extensão as leis da física, química e biologia. Ainda assim, para a vasta maioria das pessoas, apesar de termos telefones celulares e podermos fabricar bombas atômicas, nossa evolução psicológica e espiritual está em um nível muito tribal". "Deepak Chopra é diretor e co-fundador do Centro Chopra de Bem Estar em Carsbad, Califórnia. Ele é autor e palestrante famoso por integrar a medicina Ocidental com tradições de cura natural do Oriente.

Tradução: Deborah Weinberg.

domingo, 27 de março de 2011

Diversidade Religiosa - a regra de ouro das religiões.

          A regra de ouro de Norman Rockwell (1894-1978) ilustra o tema fundamental de todas as religiões: fazer aos outros o que gostaríamos que nos fizessem. O artista quis sublinhar a importância de se almejar a tolerância quanto às crenças alheias e o fato de cada religioso dever respeitar como os outros diferentes de si.
          Rockwell era um ilustrador de revistas (na verdade: 321 capas da revista The Saturday Evening Post), principalmente notável pelas suas capas que representavam as idiossincrasias da vida americana, mas, no seu último trabalho, como A REGRA DE OURO (the goldem rule), foi se preocupando cada vez mais com os assuntos morais. Cresceu sua fama ao pintar também os retratos dos presidentes Eisenhower, John Kennedy, Lyndon Johnson e Richard Nixon, assim como o de outras importantes figuras mundiais, tais como Gamal Abdel Nasser e Jawaharlal Nehru. E o seu último trabalho foi o retrato da cantora Judy Garland, em 1969. Morreu aos 89 anos, em consequência de um efisema.
          Quanto a REGRA DE OURO, que é nosso assunto principal: a ética da reciprocidade é um princípio moral geral, que se encontra em praticamente todas as religiões e culturas, frequentemente como regra fundamental. Este fato sugere que pode estar relacionada com aspectos inatos de natureza humana. Na maioria das formulações toma uma forma passiva, como a que é expressada no Judaísmo: "O que é odioso para ti, não o faças ao próximo". Na cultura ocidental, no entanto, a fórmula mais conhecida é a que foi formulada por Jesus, no Sermão da Montanha: "Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós a eles" (Mt. 7,12). No Zoroastrismo "Aquela natureza só é boa quando não faz ao outro aquilo que não é bom para ela própria - Dadistan-i-Dinik 94:5".
          No Budismo: "Não atormentes o próximo com o que te aflige - Udana-Varga 5:18".
          No Hinduísmo: "Esta é a suma do dever: não faças aos outros aquilo que se a ti for feito, te causará dor - Mahabharata (5:15:17)". 
          Desde a Antiguidade a Regra de Ouro tem sido uma ótima referência moral. Pensadores gregos e judeus, Confúcio, Jesus e outros professores de Ética ensinaram esse princípio, chamado "de ouro" para indicar sua posição privilegiada como regra fundamental da vida.
          Sendo assim, se aplicada, o caminho para o entendimento seria mais fácil.

Texto: Jota Bê.