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segunda-feira, 28 de março de 2011

Animismo.

          O termo Animismo foi criado pelo antropólogo inglês Sir Edward B. Tylor, em 1871, na obra Primitive Culture (A Cultura Primitiva). Pelo termo Animismo, Tylor designou a manifestação religiosa imanente a todos os elementos do Cosmos (Sol, Lua, Estrelas), a todos os elementos da natureza (rio, oceano, montanha, floresta, rocha), a todos os seres vivos (animais, fungos, vegetais) e a todos os fenômenos naturais (chuva, vento, dia, noite); é um princípio vital e pessoal, chamado de ânima, o qual representa significados variados:
* cosmocêntrica - significa energia;
* antropocêntrica - significa espírito;
* teocêntrica - significa alma.
          Consequentemente, todos esses elementos são passíveis de possuirem: sentimentos, emoções, vontades ou desejos e até mesmo inteligência. Resumidamente, os cultos animistas alegam que: "Todas as coisas são vivas", "Todas as coisas são conscientes", ou "Todas as coisas têm ânima".
          O Animismo possui três simples regras:
- Tudo no Cosmo tem ânima;
- Todo o ânima é transferível;
- Tudo ou todo que transfere ânima não perde a totalidade de seu ânima, mas quem ou que o recebe perde parte ou a totalidade de seu ânima, o qual será tomado pelo ânima doador.
          A partir da década de 1950, o termo deixa de ser utilizado pela Antropologia por ser considerado muito genérico, uma vez que se aceita que elementos animistas estão presentes em quase todas as religiões.
          Atualmente, discute-se quais foram historicamente os primeiros cultos que deram origem a todas as religiões e a todos os deuses. Alguns historiadores e cientistas defendem a tese de que foram os mitos politeístas, enquanto outros afirmam que foram os cultos animistas.

                                                   Uso do termo no espiritismo

          Na literatura espírita, o termo animismo é usado para designar um tipo de fenômeno onde é o espírito encarnado do próprio médium que se manifesta por ele.
          Para melhor entendimento desse fenômeno, podem-se usar as denominações utilizadas pelo estudioso espírita Hermínio Miranda, quais sejam, a de chamarmos o espírito, que, segundo o Espiritismo, tem uma infinidade de existências, de individualidade, enquanto cada uma das existências do mesmo é uma personalidade.
          Dessa forma, admitida a pluralidade das existências, conclui-se que a individualidade deve possuir um conhecimento imensamente superior ao de cada uma de suas personalidades, pois soma ao conhecimento da atual personalidade tudo o que aproveitou das que representou nas existências pregressas.
                  Desse modo, na manifestação anímica, o médium pode expressar muitos conhecimentos que ele, enquanto personalidade, não possui. Daí decorre, muitas vezes, que não há como se saber se uma manifestação é anímica ou realmente mediúnica, ocorrendo esta última tão somente quando o espírito que se comunica não é o que está encarnado no médium.
          Entretanto, essa linha de pensamento não considera uma dicotomia (dualidade) entre fenômeno anímico e fenômeno mediúnico. Na grande maioria das vezes, o que ocorre é um estado intermediário com maior ou menor participação do espírito encarnado no médium em relação ao espírito desencarnado que por ele se expressa.

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